inventando eroges competitivos
Look, I’ll cut to the chase. There’s something fundamentally unnerving to me about so much eSports being – when it’s not literally sports games – about killing your opponents faster or flashier than they can kill you. At risk of repeating myself again and again – what if this wasn’t the dominant cultural force in videogames (hell, in all culture)? What if we gave the same allowance for mainstream-inity to adult games as we did to basically all other forms of expression, rather than sideline it, restrict it, make it something to hide in shame? What if players competed in heated e-sports matches against each other, not to fight, but to fuck?
o principal propósito desse exercício especulativo é pensar em jogos competitivos regidos por outros verbos (vide passion and play, cap 25). então eu tenho algumas exigências:
- escapar da lógica do fps / hero shooter (visão de sexo / etc como algo que você pode "cometer" contra outra pessoa)
- escapar da lógica do strip poker (jogo "normal" com sexo do lado como recompensa)
- abraçar que "art mustn't necessarily hold any value or vision" (eu não preciso gostar desses jogos hipotéticos — a minha lista de eroge especulativo Bom é outra história)
- todo jogo é uma abstração (então pensar nesses novos verbos como necessariamente uma simulação detalhada é ridículo)
ser particularmente "conveniente" como um acessório masturbador não está na lista de exigências. isso já existe aos montes, a dificuldade é imaginar a viablidade competitiva. eu VOU usar todas as oportunidades pra refogar it’s time to accept there isn’t a better porn game format than the visual novel. se você masturba jogando league of sex legends é sua prerrogativa mas não é esse o design do jogo, e imaginar como o cblosl lida com isso é exercício a quem lê. como cultivar um ambiente de erosports inclusivo também é extremamente fora do escopo do post.
auto chess
perigosamente perto das duas lógicas banidas mas vamo começar com a fruta mais baixa.
- objetivo: seduzir e fuder os bonecos do outro time
- upgrade no boneco = aumento de sex appeal
tangente do xadrez
existem múltiplos precedentes pra xadrez erótico, mas eles caem solidamente na categoria strip poker (você come uma peça e aí as peças se comem ha ha). talvez até exista uma possibilidade de metagaming (escolher sacrificar ou tomar uma peça pra distrair oponente?) mas não é esse o design. então francamente me parece uma forma de destruir o pacing do jogo — focar em cada captura individual é miss the forest for the trees.
se for pra erotizar o jogo milenar de estratégia abstrata, o mínimo que eu espero é uma variante com um bom tema tipo yuri chess. especificamente, pra erotizar xadrez sem cair no strip poker, o objetivo do jogo não pode ser o cheque-mate as we know it.
=> reverse engineering a definition of yuri
deckbuilder
ok a segunda ideia é um deckbuilder, o que pende um pouco a strip poker inclusive no sentido de não ser necessariamente um videogame. mas o ponto de referência é o consentacle, mesmo ele sendo cooperativo.
- talvez um foco em combos / múltiplas condições de vitória (possivelmente ligadas a uma carta meio commander)
- eu Preciso ver uma partida and so they were both bottoms
- formato de duplas? se a gente for pegar o esquema de pontos do consentacle o objetivo seria ser a dupla com melhor sinergia / mais próxima de 0 pontos, mas não sei se vejo como esse esquema ornaria com mtg 2...
bingo / corrida / score attack
contornando a necessidade de definir sexo competitivo via jogos que não são multiplayer por design. criando o segundo problema de visualizar eroges interessantes de jogar dessas formas. no caso:
- bingo: posições, lugares, personagens, objetos, etc. provavelmente exige o eroge open world. talvez seja o mais fácil.
- corrida: auto explicativo. exige o desenvolvimento de speedruns / eroge interessante como speedgame.
- score attack: auto explicativo. exige tetris 2. (enquete qual o tetrimino mais sexy). por outro lado jogo de ritmo já é basicamente sexo então essa categoria já existe. se quiser ser mais explícito é só muse dash 2 (existe, gameplay não tem boas reviews) (mas a linhagem rhythm heaven faz mais sentido estético).
mas: além de serem competições menos interativas (exceto bingo), nenhuma dessas coisas permite falar que você é elo platina em sexo, só que você tem o WR em sexo. então a busca continua.
tangente do stg
desculpa desculpa desculpa eu sei que sou o cara que só joga stg. mas veio pra mim uma visão de um ero stg, e juro que essa tangente tem relação temática com o resto do post.
jogos pornô têm um problema com dificuldade. inserir trocadilho com dissonância ludonarrativa aqui, mas (vide o post do bigg sobre vns) "ver sexo da forma mais rápida e fácil possível, de preferência com uma mão só" e "gameplay complexa" são objetivos difíceis de articular, e o resultado é que muitos jogos (e o público do f95, como eu comprovei com uma pesquisa semi superficial) privilegiam o pornô ainda que finjam se interessar pela gameplay.
a proposta (e sim, isso é strip poker): um bullet hell aos moldes de touhou, relativamente curto (15-20 minutos). o diálogo antes de boss de cada estágio é provocativo~ e você vê um cgzinho no fim de cada estágio, mas a "função" é aumentar a tensão sexual da mesma forma que a sua 🫵 tensão aumenta conforme o jogo fica mais difícil e a 1cc se aproxima. a Verdadeira Pornografia é a liberação dessa tensão alinhada com o alívio de ganhar o jogo.
e obviamente a duração / intensidade depende da sua performance: se usou ou não continues, e a pontuação. isso é trivial.
game overs não precisam melar totalmente o clima, mas a questão é que se você não quer trabalhar pelo seu pornô simplesmente assista um filme.
dick fight island: o videogame
ok honestamente não sei como levou tanto tempo pra eu fazer essa conexão. dick fight island é um manga de yaoi sobre briga de pau, não obstante em uma ilha. em mais detalhes: um elenco de competidores, cada um com um estilo diferente, compete 1x1 pra fazer o oponente gozar. literalmente jogo de luta, eu nem preciso elaborar.
eu tinha mentalmente banido o jogo de luta porque o primeiro pensamento é algo pique queen's blade, de novo um strip poker, mas acho a solução do manga interessante o suficiente. o problema é: como ficariam as animações desse jogo? acho que talvez seja um ritmo necessariamente mais lento pra deixar as animações respirarem legal.
e assim: esse é um gênero que já existe, mas aparentemente com um foco maior em customização (e interseção com wrestling) do que em ser o próximo skullgirls (os skullgirls-like são só jogos de luta normar). kinky fight club é um jogo real. mas no nosso mundo das ideias / pra ser competitivamente interessante, o jogo precisa ter personagens distintos como todo jogo de luta decente. talvez você não goste de bara mas o playstyle do boneco é mais divertido e tá melhor no meta. essa é a vida de profissional do eroge.
pesquisa de literatura
uma breve (ish) pesquisa de literatura (limitada aos círculos do inferno f95, r/lewdgames, r/nsfwdev etc por causa do deindexing do itch). eu honestamente meio que esperava muito mais ideas guys fazendo mmos de dragão realista... isso é o qeu já foi especulado e executado. ombros de gigantes etc.
- o qwop / realistic kissing simulator -like com o flopíssimo nome sex with friends1 inclusive tem um modo competitivo. pra mim definitivamente um teor de speedgame (mas não de e-sport). alerta esse jogo foi mencionado no mesmo artigo que the end of gameplay.
- o moba assimétrico pama. pra mim o design é meio simplista e a premissa de humilhação é cringe e misógina (e eu acho que moba inerentemente cai na regra #1 da lógica de fps), mas existe uma visão clara.
- o (suspiro extremamente cansado) jokenpo fuck party club2. pior que strip poker honestamente. a página da steam diz "It is the small games you've played forever. BUT now it has Sex and it is Online!" — esse é literalmente a versão clone do mal desse post.
conclusão
enfim eu nem gosto de pvp. tirem esse post dos meus rascunhos.